Glaciares, degelo e a sua movimentação no tempo







 É de conhecimento geral que os glaciares estão a desaparecer. É de conhecimento geral que os polos estão a derreter. É de conhecimento geral que o nível das águas está a subir. É de conhecimento geral, mas o que podemos fazer?
 Imagens saem todos os dias nos jornais para sensibilizar as pessoas, artigos são publicados a toda a hora, mas poucos o conseguem mesmo. Este artigo, que saiu no Público, é provavelmente mais um dos que foi lido apenas por algumas pessoas, e só algumas delas ligaram mesmo e ficaram a reflectir sobre o que o artigo diz.
 Por isso, vamos aqui divulgar parte do artigo, na esperança que mais algumas pessoas o leiam... Esta parte menciona apenas na importância que os glaciares têm até para a nossa noção de tempo, e o resto do texto, que está acessível através do link no final da publicação, fala de como nós de certeza que não queremos que eles desapareçam sem termos oportunidade de os ver, pois nós só queremos sempre mais, mais e mais! E neste caso, podemos usar este desejo para uma coisa boa: só pode ver os glaciares se os conseguir preservar, e a todas as focas, pinguins e ursos polares que os habitam! São estes animais que fazem este habitat tão especial! Boa leitura!

  Sempre  que me começo a envolver demasiado em questões minúsculas, tento pensar nas verdadeiras dimensões do tempo. Numa era em que já ninguém planta uma árvore porque esta não dará frutos durante a nossa vida activa, como é que se resiste à tentação de olhar para além do imediato? Eu tenho um truque: penso nas montanhas e nos rios, na sua paciente labuta pela afirmação na paisagem, na tranquila determinação do seu desafio aos ponteiros do relógio cósmico. Penso nos glaciares. São rios de gelo, estão vivos na sua imensidão mineral. Movem-se. Gemem. Reverberam de luz. Alguns, garantem-me em livros e artigos jornalísticos, até se podem ver mexer a olho nu, cavalgando os vales a velocidades que podem chegar aos 20 metros por dia, no caso do glaciar de Jakobshavn, na Gronelândia. É uma velocidade impressionante para uma massa compacta de gelo, uma aberração do tempo geológico. Mas até um caracol anda mais depressa. A Terra move-se muito rapidamente (no Equador, a velocidade de rotação ronda os 1670 km/h) e transforma-se muito devagar. Mares afundam-se e levantam-se, montanhas erguem-se e são erodidas, ilhas nascem e morrem, continentes migram, colam-se, colidem, desaparecem. Tudo está em constante mudança. Nós é que somos demasiado efémeros para ter a noção desta escala gigante em que cada segundo pode durar um milhão de anos. Devia ser uma lição de humildade para os seres humanos. Não me parece que esteja a resultar.
 Se quiser ler o artigo completo, clique aqui! » https://www.publico.pt/2012/08/25/jornal/os-glaciares-e-as-assustadoras-dimensoes-do-tempo-25094720#gs.bXZE7uRK «



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